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12 setembro 2008

HUMOR - Juvenal e o emprego (080912-001)

O Juvenal tava desempregado há meses. Com a resistência que só os brasileiros tem, o Juvenal foi tentar mais um emprego em mais uma entrevista. Ao chegar, o entrevistador lhe perguntou:

- Qual foi seu último salário?
- "Salário mínimo", respondeu Juvenal.
- Pois se o Sr. For contratado ganhará 10 mil dólares por mês!
- Jura?
- Que carro o Sr. Tem?
- Na verdade, agora eu só tenho um carrinho pra vender pipoca na rua e um carrinho de mão!
- Pois se o senhor trabalhar conosco ganhará um Audi para você e uma Bmw para sua esposa! Tudo zero!
- Jura?
- E lhe digo mais. . . O emprego é quase seu. Só não lhe confirmo agora porque
tenho que falar com meu gerente. Se até amanhã(sexta-feira) à meia-noite o senhor não receber um telegrama nosso, pode vir trabalhar na segunda-feira.

Juvenal saiu do escritório radiante. Agora era só esperar até a meia-noite da sexta e rezar para que não aparecesse nenhum telegrama. Sexta-feira mais feliz não poderia haver. E Juvenal reuniu a família e contou as boas novas.
Convocou o bairro todo para uma churrascada comemorativa e muita música. Sexta de tarde já tinha um barril de choop aberto. As 9 horas da noite a festa fervia.
A banda tocava, o povo dançava, a bebida rolava solta. Dez horas, e a mulher de Juvenal aflita, achava tudo um exagero.
A vizinha gostosa, interesseira, já se jogava pra perto do Juvenal. E a banda tocava!
Onze horas, Juvenal já era o rei do bairro. Gastaria horrores para o bairro encher a pança. Tudo por conta do primeiro salário. E a mulher resignada, meio aflita, meio alegre, meio assustada.
Onze horas e cinqüenta e cinco minutos...
Vira na esquina buzinando feito louco uma motoca amarela...
Era do Correio!
A festa parou!
A banda calou!
A tuba engasgou!
Um bêbado arrotou!
Meu Deus. Quem pagaria a conta da festa?
- Coitado do Juvenal!
Jogaram água na churrasqueira!
A mulher do Juvenal desmaiou!
A motoca parou!
- Senhor Juvenal Batista Romano Barbieri?
- Si, sim, so, sou eu.
A multidão não resistiu.
-Oooohhhhh!
- Telegrama para o senhor.
Juvenal não acreditava.
Pegou o telegrama, com os olhos cheios d´água, ergueu a cabeça e olhou para todos.
Silêncio total. Respirou fundo e abriu o telegrama.
Uma lágrima rolou, molhando o telegrama. Olhou de novo para o povo e a consternação era geral. Tirou o telegrama do envelope, abriu e começou a ler.
O povo em silêncio aguardava a notícia e se perguntava.
- E agora? Quem vai pagar essa festa toda?
Juvenal recomeçou a ler, levantou os olhos e olhou mais uma vez para o povo que o encarava.
Então, Juvenal abriu um largo sorriso, deu um berro triunfal e começou a gritar eufórico:
- Mamãe morreeeeuuu! Mamãe Morreeeeuuu!

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