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05 fevereiro 2007

PENSE - Relacionamento com superiores (0305-002)

Relacionamento com superiores
Assuma sempre uma atitude de igualdade tanto para pedir, como para prestar um favor. Não se mostre superior nem inferior a outra pessoa. "Amizades só se fazem entre iguais".

Veja o texto abaixo extraído da vida de Alexandre o Grande.

" ... Contrariamente ao que se diz, Alexandre sabia calar-se e render-se a sabedoria dos homens de valor. Disso deu provas nos seus primeiros contatos com a Ásia, ao ouvir pacientemente o discurso de um embaixador Cita; um grego não ousaria dizer à sua frente metade do que foi dito sem correr o risco de morrer. Eis o discurso:

Se a ti os deuses tivessem dado um corpo proporcional às tuas ambições, o universo seria pequeno para ti; com uma das mãos tocarias o Oriente e com a outra o Ocidente, e não contente ainda seguirias o Sol para saber onde se deita.

Tua ambição é maior do que tu. Quando tiveres subjugado todos os homens, farás guerra aos rios, às florestas e as feras.

Porventura ignoras que as grandes árvores custam crescer e que em uma hora podes abatê-las? O insensato cobiça-lhes os frutos sem considerar a altura. Atenta pois para não caíres em meio aos galhos em que te enredares. O leão às vezes serve de pasto às aves pequenas e a ferrugem corrói o ferro. Nada existe que seja tão forte que não possa ser destruído por um conjunto de coisas mais fracas. Que temos a discutir contigo? Nunca pusemos os pés em tuas terras. Por que negas aos que aqui vivem o direito de ignorar a tua presença e o que és? Não queremos obedecer nem mandar em ninguém, e para que saibas que espécie de gente somos queremos dizer-te que dos deuses recebemos como dádivas preciosas uma junta de bois, um arado, uma flecha, um dardo e uma taça. Estes são os nossos instrumentos de paz e de guerra.

Com os amigos partilhamos o trigo obtido com o trabalho dos bois e na mesma taça oferecemos vinho aos deuses. Quanto aos inimigos, a flecha os abate de longe e o dardo de perto. Tu te vanglorias de que vieste em nome da justiça para exterminar os ladrões; és o maior ladrão da terra. Saqueaste e dizimaste as terras sob teu jugo e ainda vens roubar nosso rebanho. Em tuas mãos já não cabem mais presas. Que pretendes fazer de tantas riquezas que somente aumentam tua sede? Na abundância tiveste como companheira a solidão. Para ti a vitória é semente de novas guerras. Nenhum povo se submete ao jugo de um príncipe estrangeiro. Prossegue no mau caminho que tomaste e sentirás a vastidão de nossas planícies; Podes perseguir os citas, duvido que os alcance. Nossa pobreza nos faz leves e ágeis, enquanto tu terás que carregar o pesado fardo dos despojos das terras que pilhaste e quando pensares que estamos longe, hás de nos ver sempre a teus calcanhares, pois com a mesma rapidez com que fugimos de nossos inimigos, os perseguimos. Crê, a fortuna é escorregadia; cuida bem para que não te escape, e difícil será retê-la se ela quiser abandonar-te; põe-lhe um freio antes que ela te seja adversa. Finalmente, se és deus, como o dizes, apieda-te dos mortais. Mas se és um homem, pensa sempre que no que és, pois é vão alimentar pensamentos que nos afastem de nós mesmos. Deixa-nos em paz e seremos bons amigos, pois as mais sólidas amizades se fazem entre iguais e não te iludas em ser amado pelos vencidos; entre o senhor e o escravo não pode crescer o fruto da amizade. Saiba ainda que para selar nossa aliança não precisamos nem de juramentos nem do testemunho dos deuses; pois aquele que não cumpre sua palavra de homem não tem escrúpulo em enganar aos deuses. Podeis então escolher: ter-nos como amigos ou como inimigos"

PENSE - O pricipe (Maquiavel) (0205-001)

" ... É muito conveniente a um príncipe dar exemplos quanto ao seu governo; quando alguém tenha realizado qualquer coisa de extraordinário, de bom ou de mal na vida civil, para premiá-lo ou puni-lo o príncipe deve agir de modo tal que dê margem a largos comentários. E, sobretudo, deve um príncipe trabalhar no sentido de, em cada ação, conquistar fama de grande homem. É ainda estimado um príncipe quando sabe ser verdadeiro amigo e verdadeiro inimigo, isto é, quando sem qualquer preocupação, age abertamente em favor de alguém ou contra um terceiro. Esse partido será sempre mais útil do que o conservar-se neutro, porque se dois poderosos vizinhos teus se puserem a brigar, ou são de qualidade que, vencendo um deles, tenhas que temer o vencedor, ou não. Em qualquer caso ser-te-á sempre mais útil descobrir-te e fazer guerra de fato, porque no primeiro caso, se não te descobrires, será sempre presa de quem vencer, com grande prazer daquele que foi vencido, e não tens razão nem coisa alguma em tua defesa, nem quem te acolha.

Quem vence não quer amigos suspeitos e que não ajudem nas adversidades; quem perde não te aceitará porque não quiseste, de armas na mão, correr a mesma sorte. Foi Antíoco para a Grécia a chamado dos etólios para expulsar os romanos. Antíoco enviou embaixadores aos aqueus, que eram aliados dos romanos, para concitá-los a se manterem neutros; por outro lado, os romanos tratavam de persuadi-los para que tomassem armas contra aquele. Esta matéria veio discutir-se no concílio dos aqueus, onde o delegado de Antíoco tratava de fazer com que se mantivessem neutros, ao que o delegado dos romanos respondeu: "Quanto à opinião de que não deveis intervir na guerra, nada é mais nocivo aos vossos próprios interesses, pois sem compensação e ingloriamente sereis presa do vencedor." E acontecerá sempre que aquele que não é teu amigo pedir-te-á que sejas neutro e aquele que é teu amigo pedirá que tomes de armas abertamente. E os príncipes irresolutos, para se afastarem destes perigos, seguem, as mais das vezes, aquela linha neutra, e quase sempre são mal sucedidos. Mas quando corajosamente tomas partido franco por um dos contendores, se aquele com quem te ligaste vencer, ainda que seja poderoso e que fiques à sua mercê", terá ele obrigações para contigo e é compelido a ter amizade por ti; e os homens não são nunca tão maus que queiram oprimir a quem devem ser gratos. Ademais, as vitórias não são nunca tão completas que o vencedor não tenha que levar em conta outras considerações, principalmente de justiça.

Mas, se aquele a quem ajudas perder, serás socorrido por ele quando puder, e, nesse caso, ficarás ligado a uma fortuna que pode ressurgir. No segundo caso, quando os combatentes são tais que não tenhas de te arrecear da vitória de qualquer, a tua aliança com um deles é tanto mais prudente quanto assim provocarás a ruína de um com o auxílio de quem o deveria salvar, se fosse sábio, e vencendo tu, o teu aliado ficará a tua discrição e é impossível que não vença com a tua ajuda.

Note-se agora que um príncipe deve ter o cuidado de não fazer aliança com um que seja mais poderoso, senão quando a necessidade o compelir, como se expôs acima, pois que, vencendo, ficará prisioneiro do aliado; e os príncipes devem evitar o mais que possam a situação de estar a mercê de outrem. Os venezianos aliaram-se à França contra o duque de Milão, e podiam deixar de efetuar tal união; e desse fato resultou a ruína deles. Mas quando não se pode deixar de fazer aliança, como aconteceu com os florentinos quando o papa e a Espanha foram assaltar a Lombardia pelas armas, então o príncipe deve aderir, pelas razões acima. Não pense nunca que nenhum governo pode tomar decisões absolutamente certas; pense antes em ter que tomá-las sempre incertas, pois isto está na ordem das coisas, que nunca deixa, quando se procura evitar algum inconveniente, de incorrer em outro. A prudência está justamente em saber conhecer a natureza dos inconvenientes e adotar o menos prejudicial como sendo bom.

Deve ainda um príncipe mostrar-se amante das virtudes e honrar os que se revelam grandes numa arte qualquer. Além disso, deve animar os seus cidadãos a exercer livremente as suas atividades, no comércio, na agricultura e em qualquer outro terreno, de modo que o agricultor não deixe de enriquecer as suas propriedades pelo temor de que lhe sejam arrebatadas e o comerciante não deixe de desenvolver o seu negócio por medo de impostos. Pelo contrário, deve instituir prêmios para os que quiserem realizar tais coisas para todos os que, por qualquer maneira, pensarem em ampliar a sua cidade ou o seu Estado. Além disso, deve, nas épocas propícias do ano, proporcionar ao povo festas e espetáculos. E como todas as cidades estão divididas em artes ou corporações de ofício, deve ocupar-se muito destas, indo ao seu encontro algumas vezes, dar provas de afabilidade e munificência, mantendo sempre integral, contudo, a majestade da sua dignidade, a qual não deve faltar em nada."

03 fevereiro 2007

POEMAS - Lusco Fusco (0203-002)

Entreternu(r)a
entre ondas
de lençóis,
entreabertos
nuvens e sóis
da noite

Em vôo cego
em nervoso açoite
de lábios e músculo
me procuras

Te entrenego
entrebuscas
me entrescondo
(entretranso)
entrefugindo
me encontras

Me entrego
e venho
tempo de se ter
te entre tenho.


Crédito: Tania Diniz. Gostou? Quer mais? Visite http://www.revista.agulha.nom.br/taniadiniz.html

PIADAS - Bar versus Academia (0203-001)

"Por que será que é mais fácil freqüentar um bar do que uma academia ?"

Para resolver esse dilema, resolvi freqüentar os dois por uma semana e entendi o porquê de existirem mais bares do que academias.

AMBIENTE:
- No bar, todo mundo está alegre. É o lugar onde a dureza do dia-a-dia amolece no primeiro gole de cerveja.
- Na academia, todo mundo fica bufando e fazendo cara feia.
1 x 0 - Para o Bar

AMIZADE:
- No bar, ninguém fica reparando se você está usando o tênis da moda. Eles reparam se o seu copo está cheio ou vazio.
2 x 0 - Para o Bar

COMPAIXÃO:
- Você já ganhou alguma "saideira" na academia? Alguém já teu deu uma semana de ginástica de graça?
- No bar, com certeza, você já ganhou uma cerveja "na faixa".
3 x 0 - Para o Bar

PERIODICIDADE:
- Quantas vezes você vê a mesma pessoa na academia?
- Com certeza, no bar, você vê bem mais.
4 x 0 - Para o Bar

LIBERDADE:
- Você pode fumar na academia?
5 x 0 - Para o Bar

LIBERTINAGEM:
- No bar, você pode dividir um banco com outra pessoa.
- Na academia, você pode dividir um aparelho?
6 x 0 - Para o Bar

SAÚDE:
- Você já viu um butequeiro (freqüentador de bar) com pedra no rim?
7 x 0 - Para o Bar

SAUDOSISMO:
- Alguém já tocou a sua música preferida na academia?
8 x 0 - Para o Bar

EMOÇÃO:
- Onde você comemora a vitória do seu time? No bar ou na academia?
9 x 0 - Para o Bar

Enfim, para fechar o dez a zero...

MEMÓRIA:
- Você já aprontou algo na academia digno de contar para os seus netos? E no bar????
10 x 0 para o Bar!

29 janeiro 2007

PIADAS - Sentença inusitada (0129-001)

JUIZ, POETA E REALISTA

Esta aconteceu em Minas Gerais (Carmo da Cachoeira).
O juiz Ronaldo Tovani, 31 anos, substituto da comarca de Varginha, ex-promotor de justiça, concedeu liberdade provisória a um sujeito preso em flagrante por ter furtado duas galinhas e ter perguntado ao delegado: desde quando furto é crime neste Brasil de bandidos?

O magistrado lavrou então sua sentença em versos:

No dia cinco de outubro
Do ano ainda fluente
Em Carmo da Cachoeira
Terra de boa gente
Ocorreu um fato inédito
Que me deixou descontente.

O jovem Alceu da Costa
Conhecido por "Rolinha"
Aproveitando a madrugada
Resolveu sair da linha
Subtraindo de outrem
Duas saborosas galinhas.

Apanhando um saco plástico
Que ali mesmo encontrou
O agente muito esperto
Escondeu o que furtou
Deixando o local do crime
Da maneira como entrou.

O senhor Gabriel Osório
Homem de muito tato
Notando que havia sido
A vítima do grave ato
Procurou a autoridade
Para relatar-lhe o fato.

Ante a notícia do crime
A polícia diligente
Tomou as dores de Osório
E formou seu contingente
Um cabo e dois soldados
E quem sabe até um tenente.

Assim é que o aparato
Da Polícia Militar
Atendendo a ordem expressa
Do Delegado titular
Não pensou em outra coisa
Senão em capturar.

E depois de algum trabalho
O larápio foi encontrado
Num bar foi capturado
Não esboçou reação
Sendo conduzido então
À frente do Delegado.

Perguntado pelo furto
Que havia cometido
Respondeu Alceu da Costa
Bastante extrovertido
Desde quando furto é crime
Neste Brasil de bandidos?

Ante tão forte argumento
Calou-se o delegado
Mas por dever do seu cargo
O flagrante foi lavrado
Recolhendo à cadeia
Aquele pobre coitado.

E hoje passado um mês
De ocorrida a prisão
Chega-me às mãos o inquérito
Que me parte o coração
Solto ou deixo preso
Esse mísero ladrão?

Soltá-lo é decisão
Que a nossa lei refuta
Pois todos sabem que a lei
É prá pobre, preto e puta...
Por isso peço a Deus
Que norteie minha conduta.

É muito justa a lição
Do pai destas Alterosas.
Não deve ficar na prisão
Quem furtou duas penosas,
Se lá também não estão presos
Pessoas bem mais charmosas.

Afinal não é tão grave
Aquilo que Alceu fez
Pois nunca foi do governo
Nem seqüestrou o Martinez
E muito menos do gás
Participou alguma vez.

Desta forma é que concedo
A esse homem da simplória
Com base no CPP
Liberdade provisória
Para que volte para casa
E passe a viver na glória.

Se virar homem honesto
E sair dessa sua trilha
Permaneça em Cachoeira
Ao lado de sua família
Devendo, se ao contrário,
Mudar-se para Brasília!

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