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11 abril 2006

PENSE - Como é o amor (0411-001)

Um dia a gente conhece alguém que até então não era ninguém. Vai se aproximando de uma forma diferente, meio carente. Começa por entender tudo que dizemos, apóia tudo que fazemos, se interessa por tudo que pensamos e almejamos.
Aos poucos vamos descobrindo que temos muitas coisas em comum. Cada dia que passa as conversas vão se tornando mais profundas, quando percebemos já contamos alguns segredos, já mostramos nossas fraquezas, dúvidas e medos.
E o tempo vai passando... e esses momentos juntos, cada vez mais aumentando. Começamos a ter a necessidade de contar as alegrias e o desejo de dividir as fantasias. Depois queremos dividir as tristezas, falar do passado, contar de momentos que ficaram marcados. Em todos os instantes queremos a sua opinião pra resolver qualquer questão.
Mais adiante queremos falar das vitórias, mostrar nossas glórias, revelar nossos fracassos e exibir nossas histórias. ..e o tempo vai ficando curtinho pra dar tanto carinho,receber tanto amor e esquecer qualquer dor. Esse alguém divide tudo conosco, sem restrições, sem questionamentos, por puro prazer e encantamento.
Quando percebemos estamos completamente dependentes dessa convivência, pois ela preencheu toda a nossa carência. Temos então a certeza que não existe mais ninguém como esse alguém. Ele sabe dar atenção na hora certa e compreender nossas horas incertas. Ele divide conosco emoções, ilusões, sonhos e sensações. Ele se faz presente , mesmo quando não está junto da gente, através de uma canção ,de um poema ou de uma situação.
Aí... descobrimos... já é amor!!
Surgem então batalhas a serem vencidas, lutas a serem decididas e todas vão sendo resolvidas. O coração dispara cada vez que ele fala, cada vez que ele chega ou cada vez que se cala. Começamos então a ter desejos, sentimento fulminante que aflora a todo instante. Misturam-se então, alma, coração e tesão... uma louca sensação, irremediável questão. A cabeça começa a não poder mais raciocinar, perde o rumo das palavras, fica escravizada.
Quando tudo parece perfeito... começam a acontecer momentos de dor misturados ao amor. Não se sabe mais o que é direito, não se percebe mais o que deve ser feito. A alma vez por outra lateja na solidão , mas essa mesma alma que chora de tristeza, sabe também dar o perdão, consegue estender novamente a mão. O perdão vem do amor, esquece portanto a dor. Novos momentos de euforia, a luz da paixão de novo irradia naqueles corações, ambos contaminados por emoções.
Faz-se novamente calmaria e a essência de tudo passa a ser só a alegria.
Acontece que os desencontros voltam a surgir, os corações voltam a sofrer e o amor vai ficando abalado, vai ficando despedaçado. No fundo da alma no entanto , o amor continua a acontecer, a crescer, a gritar que não quer morrer. Mas ele, coitado, desgastado que está, não consegue suportar mais a dor, não consegue mais se sobrepor.
Chega um momento que é urgente que se faça algo para que esse amor não seja posto de lado, mesmo separados, ele haverá de sobreviver e de alguma forma vencer. Agora então só restará uma solução, deixá-lo viver num passado calado, numa história de um livro ou em algum tipo de arquivo.
Amor é assim, começa sem pressa, quer apenas acontecer, florescer. Amor quando está agonizando não precisa de despedida, não se programa partida, ele simplesmente termina na ruína. Triste e revoltado o amor vai ficando amargurado, decepcionado com o seu destino e aos poucos vão partindo. Um dia, tudo desaba, acaba, numa simples palavra ou numa vírgula mal colocada.
Aí, resta só a saudade, resta aquela vontade de voltar no tempo nem que seja só por um momento e tentar mais uma vez ser feliz ou pelo menos fazer com que ele saiba que foi o que a gente mais quis.

Créditos: http://mensagensepoesias.weblogger.terra.com.br/

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